Conceitos de sustentabilidade no mundo corporativo
No mundo dos negócios, a sustentabilidade abrange dois conceitos. O primeiro deles diz respeito à utilização corrente do termo nas últimas décadas, ou seja, o desenvolvimento de uma cadeia produtiva fundada no respeito à sociedade e ao meio ambiente. Esta prática envolve, por exemplo, a criação de produtos ecologicamente corretos para o público consumidor, além da criação de uma noção de consumo consciente. Para o mercado corporativo, o maior desafio neste conceito de sustentabilidade é o convencimento em relação a possíveis investidores, que, via de regra, têm uma preocupação maior com o retorno financeiro.
Sustentabilidade econômica
Outra utilização do termo “sustentabilidade” no mundo corporativo diz respeito à viabilidade econômica de uma empresa. Um investimento sustentável, então, é aquele que poderá trazer um retorno seguro e, mais importante, duradouro. A cada nova ação planejada, é preciso dar ênfase nos cuidados com a sustentabilidade econômica do negócio. Enquanto a sustentabilidade ambiental deve ser apresentada aos investidores, de modo que possa ser enxergada como vantagem competitiva, a sustentabilidade econômica é a razão de ser de qualquer investimento.
Em qualquer empresa produtora de bens ou prestadora de serviços, o caminho ideal é a união dos dois conceitos. Para tal, a sustentabilidade ambiental deve ser encarada como um diferencial, não uma obrigação.
União de conceitos
Conciliar os dois conceitos de sustentabilidade do mundo corporativo nem sempre é uma tarefa simples. Não basta apenas oferecer um produto com um selo de sustentabilidade; é necessário que toda a cadeia produtiva, incluindo os momentos de consumo e possível descarte de resíduos (que incluem, por exemplo, embalagens ou o próprio produto utilizado), seja adequada ao conceito que prega. O nicho de mercado que se preocupa com a sustentabilidade ambiental tem como característica um alto nível de engajamento no consumo, atuando como verdadeiros “fiscais” das empresas que escolhem. Portanto, é importante que a prática acompanhe a teoria, pois muitos consumidores farão questão de conhecer a fundo a marca e sua cadeia de produção.
Dentre as atitudes que colaboram para a criação de uma empresa ambientalmente sustentável estão o reaproveitamento de matérias-primas, a utilização de equipamentos que consomem menos energia elétrica (ou emitem menos poluentes) e a economia de recursos durante a produção. Caso seja necessário, também é recomendável criar postos de descarte para resíduos. Além das ações diretamente relacionadas à produção e ao consumo, há também a possibilidade de criação de ações paralelas, como a criação de institutos ou o apoio a organizações não governamentais.
Esta visão sustentável deve ser repassada ao público, que se torna um colaborador no processo. Os investidores, por sua vez, devem ser convencidos da viabilidade das mudanças. Atualmente, esta é uma tarefa muito menos complicada do que há uma década. O conceito de sustentabilidade ambiental aplicada aos negócios se tornou uma pauta constante no universo corporativo, impulsionado por eventos como o Rio+20 e o Dia de Negócios, ambos realizados no Rio de Janeiro. Convencer potenciais investidores das vantagens da sustentabilidade ambiental de uma ação não será problema, caso a ideia esteja completamente atrelada a uma sustentabilidade financeira.
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