Experiência de Hawthorne
O que foi?
Na década de 20 do século XX, o alvo foi primeiro uma indústria têxtil e depois a fábrica de uma companhia de energia elétrica, a Western Eletric Company. O objetivo era analisar uma possível relação existente entre a intensidade da luz e o nível de produção dos operários que lá trabalhavam.
O responsável por coordenar a experiência foi um médico de Harvard, da área de psicopatologia, Elton Mayo. O procedimento foi dividido em fases, sendo que na primeira delas, o resultado obtido foi bastante interessante: operários submetidos à luz mais intensa sentiam-se obrigados a produzir mais, ou seja, a questão da iluminação tinha interferência muito mais psicológica do que propriamente fisiológica.
Durante a segunda fase, as melhorias nas condições de trabalho (como parte da experiência), começaram a trazer resultados positivos. Os horários, pagamentos e distribuição de lanches deixavam os operários pessoalmente mais satisfeitos e isso refletia diretamente na produção, que consequentemente só crescia. Nas fases finais da tal experiência, o foco de preocupação deixou de ser as condições físicas para execução do trabalho e se tornou as relações humanas que eram estabelecidas entre o grupo de funcionários como, por exemplo, a remuneração coletiva que estimulou o sentimento de solidariedade e companheirismo entre os indivíduos que trabalhavam juntos.
Importância na atualidade
A Experiência de Hawthorne, depois de concluída, trouxe inúmeros resultados e algumas, de muitas questões, foram esclarecidas como, por exemplo, a produção de um operário, que não se determina necessariamente à sua capacidade individual, podendo estar muito mais relacionada às relações sociais que ele consegue estabelecer dentro do ambiente de trabalho; melhores condições de salário e de trabalho também elevam a produção dentro do ambiente da fábrica; trabalhos muito mecânicos e repetitivos tendem a trazer resultados negativos devido à sua monotonia diária. Além disso, comprovou-se que a empresa não é um todo homogêneo, mas sim, composta por grupos menores e informais, com comportamentos diversos entre si.
Muitos conceitos que hoje são corriqueiros dentro da gestão empresarial, não eram até o experimento ser realizado. Foi a partir da Experiência de Hawthorne que se percebeu a necessidade de promover algumas mudanças no sistema de produção, beneficiando as condições dos operários para refletir nos lucros da própria empresa. Nesse momento, os funcionários deixaram de ser vistos como máquinas automatizadas e passaram a ser observados enquanto seres humanos, que têm individualidade e que sofrem influência de qualquer condição a que estejam submetidos.
Obviamente, o foco das empresas não foi proporcionar maior qualidade de vida aos seus colaboradores, pelo menos não nesse primeiro momento, mas sim buscar formas de aumentar o seu faturamento, percebendo que para isso seria necessário intervir nas condições de trabalho estabelecidas até então para seus funcionários.
As conclusões obtidas através da Experiência de Hawthorne foram gradativamente sendo incorporadas também por outras indústrias ao longo tempo, sendo que podem ser percebidas até os dias atuais, principalmente quando se trabalha em linha de montagem, há o cuidado para que os operários estejam em condições de produzir sempre mais e com qualidade.
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