Ferramentas da Qualidade

“Ferramentas da qualidade” é o nome dado a uma relação de técnicas aplicáveis a diversos temas relacionados à gestão da qualidade de produtos e serviços. Esta começou a ser uma preocupação recorrente durante a década de 1950, período em que a discussão sobre qualidade de produtos e serviços passou a fazer parte do cotidiano empresarial e consumidor.

As ferramentas são divididas em “básicas” e “gerenciais”. As primeiras, como o próprio nome sugere, podem ser utilizadas até mesmo por quem tem pouco conhecimento em administração e estatística. As ferramentas gerenciais, por sua vez, costumam exigir um conhecimento mais aprofundado destes temas. Em cada um destes dois grupos, há sete ferramentas.

Ferramentas básicas

A primeira ferramenta básica é a lista de verificação, ou folha de coleta de dados. Esta é utilizada para a determinação de um modelo, a partir da observação e coleta de informações com base em amostras. A ferramenta seguinte, conhecida como Diagrama de Pareto, identifica quais são os itens responsáveis pela maior parte de problemas ou erros. Em seguida, há a terceira ferramenta, a Estratificação, que separa os dados em conjuntos menores, tendo como parâmetro a relação entre eles.

A quarta ferramenta, conhecida como Diagrama de Causa e Efeito (ou “Diagrama de Ishikawa”, ou ainda “Espinha de Peixe”), é utilizada para deixar mais evidente a identificação das relações entre causa e efeito. A quinta ferramenta é o Histograma, representação quantitativa de dados por classes de frequência. A penúltima, o Diagrama de Dispersão, é utilizado para identificar tendências conjuntas de variação. Por fim, a última das ferramentas básicas é o Gráfico de Controle, que permite a visualização de uma atividade ou processo em relação à variação, com o objetivo de determinar se certo comportamento é previsível ou não.

As ferramentas básicas de qualidade foram responsáveis, desde a década de 1960, por uma considerável melhoria na qualidade dos produtos feitos no Japão.

Ferramentas gerenciais

As ferramentas gerenciais, de natureza mais complexa, também são sete: a primeira delas é o Diagrama de Afinidades, também conhecido como Método KJ, utilizado para buscar soluções para questões mais complexas, nas quais não é possível, inicialmente, ter uma ideia exata em relação à natureza do problema. A segunda, o Diagrama de Relações, é utilizado para tornar mais claras as relações de causa e efeito em problemas mais complexos. O Diagrama Sistemático, ou Diagrama em Árvore, serve para estabelecer métodos para a consecução de objetivos.

A quarta ferramenta gerencial é o Diagrama em Matriz, que busca identificar a relação entre os elementos de determinada situação. A quinta ferramenta, Análise dos Dados da Matriz, é usada para observar qualquer dado que seja apresentado sob a forma de matriz. A penúltima ferramenta, Análise de PDPC, serve para determinar qual o melhor método a ser adotado para alcançar algum resultado. Contudo, esta ferramenta vai sendo aplicada conforme a metodologia progride, diferenciando-se do Diagrama Sistemático. A última ferramenta gerencial é o Diagrama em Setas, que serve para construir a programação diária e realizar o controle da produção e do trabalho como um todo.

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Fábio Pereira

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